Do que é feita uma tinta? Para toda tinta existe uma fórmula na qual o fabricante define os componentes químicos que, ao serem combinados, irão conferir a proteção adequada ao substrato. Essa combinação irá variar de fabricante para fabricante. Porém a receita de uma tinta é composta basicamente pelos seguintes componentes: resinas, pigmentos, solventes, cargas e aditivos.
Consideradas a “essência” da tinta, são as resinas que definem a natureza química da tinta, sendo de grande importância ao produto final, são nelas que estão as características essenciais da tinta, por exemplo, a resina Poliuretano Alifática tem característica principal a resistência ultra-violeta, na resina Epóxi a sua dureza e resistência química. As resinas mais comuns de serem encontradas são: acrílicas, sintéticas, epóxis, poliuretanos, nitrocelulose, poliésteres. E elas ainda podem estar divididas entre base solvente, base água, alto sólidos e 100% sólidos. Com relação a cura, existem aquelas que necessitam apenas do ar, realizando o processo através da oxidação, ou que necessitem de um componente a ser agregado na hora da pintura conhecido como um agente de cura, secante ou catalisador.
Responsáveis pela cor do produto os pigmentos podem adicionar algum grau extra de proteção à tinta como é o caso, por exemplo, dos pigmentos vermelho óxido, zarcão, alumínio e zinco. Os mesmos ajudam a aumentar a resistência anticorrosiva do material quando pintados sobre metais. Por outro lado, se o efeito desejado for a ampliação da resistência a amarelamento na pintura residencial/predial deve-se ficar atento, pois nem todos os pigmentos podem prover longa durabilidade. Inclusive, alguns podem desbotar prematuramente, como os tons violetados e avermelhados que costumam ter menor durabilidade a continua exposição do Sol. Diferente de tons de cores com predominância de branco, as quais são mais duráveis neste quesito.
Por sua vez os solventes tem a função de regular a viscosidade da tinta, tornando-a mais fluida para aplicações por pistola/rolo. O método de pintura exige que a tinta atenda a uma determinada viscosidade. A mistura combinada de diversos solventes adicionará outras características úteis para a tinta como a secagem lenta, rápida. Ou ainda fazendo que a tinta tenha a capacidade de “atacar” determinadas superfície para melhor ancoragem. Em sua maioria, os solventes são subprodutos do petróleo, mas ainda existe o etanol, de origem vegetal, e a própria água podendo ser solventes dependendo da tinta.
São agregados minerais como o carbonato de cálcio e quartzo que quando “opcionalmente” usados tem a finalidade de aumentar o “poder de enchimento”. O qual é bastante útil para superfícies irregulares, ou a dureza da película da tinta. Entretanto, seu além do necessário pode ter o efeito oposto, empobrecendo os atributos da resina, prejudicando a aderência, durabilidade e diminuindo o brilho a da tinta. Fique atento, pois existem fabricantes de tintas que abusam das cargas para baratear o produto.
Não menos importantes, os aditivos possuem aplicabilidades diversas como: anti-mofo, anti-bolhas, anti-espumantes, anti-sedimentantes, nivelantes, dispersantes, fosqueantes, secantes, plastificantes e outros tantos ainda possíveis de mencionar. O seu uso deve ser muito balanceado e criterioso, pois pode trazer efeitos indesejados a performance da tinta.
Poderíamos ter facilmente nos aprofundado muito mais nesse assunto, porém o material acabaria se tornando muito técnico. Caso você deseje mais informações, é só entrar em contato conosco que ficaremos felizes em analisar o seu caso e detalhar o assunto de maneira personalizada e, na dúvida, escreva pra gente.