Chegou o inverno e junto com ele o drama de muitos pintores, pois são dias de chuva que impossibilitam a continuidade de empreitadas com exposição direta ao clima ruim. Confira alguns cuidados ao pintar no inverno.
O que muitos profissionais não percebem, é que os trabalhos internos ao abrigo da chuva também demandam certa cautela. Queremos apontar fatos normais de ocorrerem ao realizar pinturas nestas condições, e para isso vamos imaginar uma situação com a umidade relativa do ar acima dos 90% e temperatura por volta de 10°C, comum nos estados do Sul no período invernal.
SECAGEM:
Tintas a base d’água tendem a demorar mais para secar, pois uma vez que o ar esteja saturado de umidade, a água presente na tinta fresca terá dificuldades de evaporar. Já as tintas com base solvente podem absorver a umidade externa, tanto retardando a secagem quanto ocasionando perda de brilho, seja para tintas sintéticas, epóxis ou poliuretanos base solvente.
FRIO:
O frio retarda a secagem, podendo também atrasar a catálise de produtos bicomponentes como os epóxis e poliuretanos. A catálise nada mais é que a reação química da tinta e seu agente secante, sendo que o frio e o calor interferem diretamente nesse processo. Por exemplo, sob uma temperatura de 25°C um PU bicomponente tem um endurecimento ou cura ideal em 72 horas. Já no caso do epóxi 90% da cura ocorre em 72 horas, sendo que a cura ideal é alcançada em até 7 dias.
Ao alcançar a cura total, a tinta já dispõe de resistência a abrasividade e tráfego, no caso de um piso, entretanto, quando a temperatura for baixa o tempo necessário para a liberação do uso do mesmo demorará mais, precisando que cada caso seja analisado individualmente.
Tratando-se de tintas acrílicas base água, especialmente as foscas, pode ocorrer problemas de craquelamento (microfissuras no filme da tinta), típico de temperaturas abaixo de 10°C, sendo que a tinta fabricada pela Gamacor e destinada a regiões frias já conta com aditivos para evitar esses problemas.
VISCOSIDADE:
Seja base água ou base solvente as tintas sob temperaturas baixas aumentam a viscosidade, o que pode gerar a falsa impressão de necessidade de diluição, que reduzirá a quantidade de sólidos por volume diminuindo a cobertura e reduzindo a espesssura do filme. Fique atento!
FOSQUEAMENTO:
A umidade do ar também afeta o desempenho da tinta brilhante, deixando-a com aspecto esbranquiçado e com baixo brilho, sem que isso seja um problema no produto e sim a umidade do ar no momento da pintura.
E nunca é demais lembrar que a superfície a ser pintada sempre deve estar totalmente seca e isenta de sujidades, independentemente da temperatura.
Atencão: Tenha em mente dos cuidados ao pintar no inverno, sendo importante consultar o fabricante antes de iniciar os trabalhos em condições adversas do clima.